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Vanessa Telles
Vanessa Telles

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Teoria de Grafos em Everything Everywhere All at Once

Já vou deixar claro logo no inicio que o texto contém SPOILERS então se você não assistiu o filme aconselho assistir e depois voltar aqui. Depois não diga que eu não te avisei.

Depois de ver algumas noticias sobre o Oscar desse ano fiquei curiosa e acabei decidindo assistir Everything Everywhere All at Once.

Para ter mais impacto resolvi assistir sem ler a sinopse então eu não tinha ideia sobre o que era o filme nem qual o gênero. Confesso que nos momentos iniciais achei parado, não estava curtindo muito, porém simplesmente do nada o filme da uma virada completa e você fica olhando a tela assim 😮

Uma coisa que me chamou atenção quando o Waymond estava explicando o conceito dos multiversos pra Evelyn foi que de maneira simplificada toda a narrativa é construída em cima de Teoria de Grafos.

Basicamente existem diferentes universos que são criados a partir de escolhas feitas, por exemplo ao decidir se deve ou não tomar café em uma cafeteria do shopping você acabou de criar dois universos distintos:

  • Universo A: você foi na cafeteria
  • Universos B: você não foi na cafeteria.

No filme a Evelyn utiliza saltos multiversais para acessar esses universos e obter habilidades que "seu eu" naquele universo possui (saber artes marciais, ser cantora, etc).

Para isso foi desenvolvido um algoritmo que calcula qual ação improvável deve ser feita para posicionar a Evelyn na borda de um universo vizinho e a partir dele ela será lançada para o universo desejado.

Ta, mas como isso tem haver com grafos?

Cada universo é um nodo e suas conexões são feitas através dessas situações bizarras realizadas Waymond comer batom ou se cortar com papel. Para fazer o salto pro universo desejado é encontrada uma ação que faz uma conexão com um nodo vizinho dentro de um clusters de nodos que contenha o menor caminho (Shortest path problem) para o nodo desejado.

Na hora que vi fiquei exatamente assim:

Quem já trabalhou ou conhece grafos deve ter reconhecido também!

É intrigante ver como nos últimos anos Grafos tem sido cada vez mais usados, principalmente em aplicações de Deep learning.

Não sei se o filme tinha como objetivo evidenciar isso provavelmente não, mas mesmo assim foi interessante ver o jeito que utilizaram e que, abstraindo o quesito ficção, trouxeram veracidade na utilização.

E vocês o que acharam do filme?

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